A escolha do modelo e tamanho de construção de uma composteira dependerá em grande parte da quantidade de matéria orgânica que está disponível para o processo. Por exemplo, se um restaurante produz 30 litros de restos de alimentos por dia, totalizará 900 litros por mês. Considera-se uma redução de volume (que varia em função da umidade original da matéria) e a perda durante o processo, teremos cerca de 400 litros de composto/mês que vai precisar de cerca de 90 dias para a cura total. Assim, no caso deste restaurante, para o aproveitamento total dos resíduos ao longo dos três meses, que é o tempo total de maturação, precisa-se de uma composteira com capacidade de 1200 litros .
sexta-feira, 30 de dezembro de 2011
domingo, 18 de dezembro de 2011
Processo de compostagem (7)
Em termos de projeto, uma composteira compõe-se basicamente de:
1) Câmara de compostagem – local onde será acondicionado o composto a ser transformado;
2) Acesso superior – tampa superior que possa ser removida com facilidade para a colocação freqüente da matéria a ser decomposta;
3) Acesso inferior – tampa inferior que dê acesso facilitado a retirada do composto já processado;
4) Iluminação – o conjunto deve possibilitar a entrada do sol. Recomenda-se fazer aberturas com vidro para promover o efeito estufa dentro da câmara.
5) Ventilação – feita através de tubos de PVC. Recomenda-se que os tubos se projetem no exterior a uma altura acima da circulação das pessoas para que o odor dos gases exalados não incomode os transeuntes. Tubulações de PVC perfurados e ligados ao vento exterior podem ser introduzidas na câmara de compostagem para promover uma aeração extra ao composto. Propostas mais sofisticadas incluem a ligação de um soprador que injeta constantemente o oxigênio por estes tubos;
6) Escoamento- feito com mangueiras flexíveis e uma tela de proteção, as mangueiras filtram o chorume e direcionam para a armazenagem ou escoamento final.
sexta-feira, 16 de dezembro de 2011
Processo de compostagem (6)
Outro fator importante que influi diretamente na qualidade do composto final é a proporção de carbono e nitrogênio da matéria a ser decomposta. A proporção ideal está em torno de 30 partes de carbono para uma parte de nitrogênio. Compostos com baixo índice de carbono podem ser enriquecidos com materiais ricos em celulose. Para compostos com baixa concentração de nitrogênio recomenda-se acrescentar o esterco animal.
quinta-feira, 15 de dezembro de 2011
Processo de compostagem (5)
Alguns fatores são diferenciais no processo de compostagem:
1) Manter o composto constantemente úmido com cerca de 50 a 60% de umidade;
2) Manter o composto em temperaturas acima de 55°C ;
3) Não colocar nada que não seja orgânico;
4) Não colocar nenhum produto esterilizante que possa matar as bactérias;
5) Propiciar uma correta aeração;
6) Coletar o chorume (líquido escuro que escorre durante o processo) de forma adequada;
7) Incentivar a proliferação de minhocas;
8) Reduzir o tamanho de restos muito grandes como folhas e mato;
terça-feira, 13 de dezembro de 2011
Processo de compostagem (4)
A produção no Brasil de composto a partir de restos vegetais do lixo é normatizada pelo Ministério da Agricultura através da Instrução Normativa nº 23 de 31 de agosto de 2005, que estabelece a classificação dos fertilizantes orgânicos. Por especificação desta instrução, os adubos provenientes da compostagem de resíduos são classificados na CLASSE C, abrigando as seguintes especificações:
quarta-feira, 7 de dezembro de 2011
Processo de compostagem (3)
O processo de decomposição passa basicamente por duas etapas: a primeira é chamada de bioestabilização que pode durar 60 dias e a segunda é a maturação que leva mais 30 dias.
Processo de compostagem (2)
A compostagem é um processo simples de transformação que necessita basicamente de uma câmara fechada, posicionada de forma a receber o sol durante pelo menos uma parte do dia, ventilação adequada e a possibilidade de acessar a parte inferior para a coleta do composto.
Existem dois processos distintos de compostagem: o anaeróbico e o aeróbico. No processo anaeróbico atuam as bactérias que não suportam o oxigênio. As bactérias anaeróbicas processam o composto em baixas temperaturas, gerando uma grande quantidade de odores e maior tempo de processo.
Na decomposição aeróbica, a mais vantajosa para decomposição do lixo doméstico, as bactérias necessitam de aeração, o processo é acelerado e há forte geração de calor, que pode chegar a 70°C. A geração de calor é benéfica ainda para a eliminação de organismos patogênicos como as salmonelas e estreptococos que não sobrevivem muito tempo em temperaturas acima de 55°.
Existem dois processos distintos de compostagem: o anaeróbico e o aeróbico. No processo anaeróbico atuam as bactérias que não suportam o oxigênio. As bactérias anaeróbicas processam o composto em baixas temperaturas, gerando uma grande quantidade de odores e maior tempo de processo.
Na decomposição aeróbica, a mais vantajosa para decomposição do lixo doméstico, as bactérias necessitam de aeração, o processo é acelerado e há forte geração de calor, que pode chegar a 70°C. A geração de calor é benéfica ainda para a eliminação de organismos patogênicos como as salmonelas e estreptococos que não sobrevivem muito tempo em temperaturas acima de 55°.
segunda-feira, 5 de dezembro de 2011
Processo de compostagem (1)
A solução dos problemas ligados à questão do lixo urbano das grandes cidades tem sido abordada, tradicionalmente, a partir de iniciativas de gerenciamento da coleta, separação e processamento nas grandes usinas e lixões.
No entanto, existe outra importante opção de solução que é o aproveitamento do lixo orgânico no próprio local da coleta com a fabricação de adubo pelo processo de compostagem.
A compostagem é a transformação da matéria a partir da decomposição do orgânico executada por bactérias aeróbicas ou anaeróbicas.
A compostagem local traz dois grandes benefícios: o primeiro refere-se ao retorno financeiro que o composto orgânico pode trazer. Dependendo de suas características e concentração de micronutrientes, um composto pode chegar a cerca de R$ 0,80 por quilo. Pequenas composteiras de 200 litros podem fornecer um retorno do investimento que começa com 6 meses. O segundo benefício refere-se à redução da concentração de orgânicos no lixo urbano, propiciando em curto prazo, as facilidades na separação e a médio e longo prazo, redução no transporte e investimentos em tratamento.
Saiba mais em:
http://bibliotecadasustentabilidade.blogspot.com
No entanto, existe outra importante opção de solução que é o aproveitamento do lixo orgânico no próprio local da coleta com a fabricação de adubo pelo processo de compostagem.
A compostagem é a transformação da matéria a partir da decomposição do orgânico executada por bactérias aeróbicas ou anaeróbicas.
A compostagem local traz dois grandes benefícios: o primeiro refere-se ao retorno financeiro que o composto orgânico pode trazer. Dependendo de suas características e concentração de micronutrientes, um composto pode chegar a cerca de R$ 0,80 por quilo. Pequenas composteiras de 200 litros podem fornecer um retorno do investimento que começa com 6 meses. O segundo benefício refere-se à redução da concentração de orgânicos no lixo urbano, propiciando em curto prazo, as facilidades na separação e a médio e longo prazo, redução no transporte e investimentos em tratamento.
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quinta-feira, 1 de dezembro de 2011
Composteira de manilha
Esta composteira foi a primeira que construímos. Consiste de 2 ou 3 manilhas de concreto de 60 cm de diâmetro empilhadas na vertical. A tampa pode ser feita com concreto e vidro como na foto ou utilizar uma tampa de lixeira plástica. O fundo é de cimento e deve ter o formato cônico de forma a permitir a colocação de um tubo para a drenagem do chorume. Na primeira manilha de baixo, deve-se fazer uma abertura com uma porta feita de chapa zincada para a retirada do composto. Por fim, uma ventilação feita com tubo de PVC.
Futuramente, publicaremos um guia de construção passa a passo para este modelo de composteira orgânica. Este será outro PRODUTO DE TECNOLOGIA LIVRE.
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